No
ano de 1922 foi inaugurado o coreto da Praça Prefeito Gelson Loureio, no livro
“Ementário da história de Ribeirão Vermelho” (2003) o historiador ribeirense
Márcio Salviano Vilela traz a história da idealização e construção deste
icônico patrimônio histórico ribeirense.
“A obra do coreto de Ribeirão Vermelho foi autorizada pela Lei N.º 735, de 18 de janeiro de 1921, ficando concedida aos signatários da petição dirigida à câmara Municipal de Lavras a licença de sua construção, destinada às retretas municipais no Largo da Matriz. Como auxilio a sua construção, cujos trabalhos iniciaram em 6 de abril de 1921, o Agente Executivo de Lavras concorreu a quantia de 100$000 (cem mil reis) por conta dos recursos de obras públicas da municipalidade. Esse tão útil empreendimento, trabalho de arte e bom gosto que muito orgulha os ribeirenses, foi inaugurado em 1922 com projeto idealizado pelos portugueses Miguel Rodrigues Patto e Antônio Monteiro da Costa.
Levantado na Praça Prefeito
Gelson Loureiro e destinado especialmente para as bandas de musica realizarem
concertos, esse belo edifício traduz m dos principais costumes e tradições que
simbolizam a cultura mineira pela qual o município de Ribeirão Vermelho vem
ostentando com ardor através da “Lira Joaquim Braga”. A primeira retreta
realizada no município no “largo” ainda com a igreja em fase de acabamento, aos
8 de dezembro de 1896, com um coreto montado provisoriamente. A partir dessa
data, um grupo de operários iniciaram a organização de uma corporação musical,
oficializada em 8 de dezembro de 1905, denominada inicialmente de Corporação
Musical Imaculada Conceição e, posteriormente, em homenagem póstuma ao grande
“Joaquim Braga” que preservada ao longo dos anos, está em franca atividade nos
dias atuais (VILELA, 2003. p. 248 – 249)”
Mesmo
diante do descaso e falta de conservação e manutenção perpetrados ao longo dos
anos e de diversas administrações, o coreto é hoje um dos poucos prédios
históricos que ainda resiste em Ribeirão Vermelho, porém, se apreciado mais de
perto, esse importantíssimo patrimônio de todos os ribeirenses vem se
deteriorando cada vez mais rápido, apresentando marcas da ação do tempo, e
sobretudo da omissão de quem deve zelar pela sua conservação.
VILELA,
Márcio Salviano. Ementário da história de Ribeirão Vermelho. Lavras:
INDI, 2003. 256p.
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